Nem tudo são flores. Sim, tudo foi lindo, novamente. As borboletas de novo nos deram a honra de pousar em alguns trabalhos. Mas o fato é que a borboleta não estava tão colorida quanto dá ultima vez. Faltava algum coisa. Faltava. Refleti mil coisa. Nós, que organizamos SVarau, conversamos um monte. Chegamos a algumas conclusões infundadas. Talvez mudaremos algumas coisas daqui pra frente, coisas pequenas. Talvez nem seja necessário. Pode ter sido a posição dos planetas que não beneficiou aquele dia 11. Ou o tempo que não tava dos mais agradáveis, aquele friozinho chato sabe? Fato é que senti falta de pessoas. Das tantas que se empolgaram com a idéia nos primeiros Varaus, e que jogavam de balde suas artes pra nós pendurarmos. Das outras que simpatizavam tanto que ficavam lá, quase que o dia inteiro, numa ajuda mútua. Me senti sozinho no meio daquele monte de arte. Tá, sozinho não, o Paulo tava lá comigo, sendo homenageado, nessa idéia que espero que fique para os próximos Varaus. Encerro com ele então, com a palavra, o mestre do SVarau do dia 11/06, Paulo Leminski:
em mim
eu vejo o outro
e outro
e outro
enfim dezenas
trens passando
vagões cheios de gente
centenas
o outro
que há em mim
é você
você
e você
assim como
eu estou em você
eu estou nele
em nós
e só quando
estamos em nós
estamos em paz
mesmo que estejamos a sós
(poema "contranarciso", de Paulo Leminski, presente no livro Caprichos e Relaxos)
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